Número 7, de 26 de maio de 2020.
O Boletim InForme-se Bem! disponibiliza informações apuradas e já publicadas sobre os diversos aspectos da pandemia, além de serviços e dados, com o objetivo de combater a desinformação e suas consequências no atual momento. O Boletim será publicado às terças e sextas-feiras, no site do IFMG Campus Ponte Nova. É elaborado pelos docentes e estudantes vinculados ao Projeto de Ensino "Entendendo a Desordem Informacional".
Mais informações aqui: Projeto InForme-seBEM (IFMG/PN)
Um exame que indica se a pessoa está com o novo coronavírus em 10 minutos está sendo testado por pesquisadores do Senegal, na África. Além da rapidez, o custo seria outro atrativo: US$ 1. Pesquisadores do laboratório DiaTropix, que desenvolve testes de doenças infecciosas e é administrado pelo Instituto Pasteur, estão trabalhando ao lado da empresa britânica Mologic para fabricar os kits de diagnóstico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu o uso da hidroxicloroquina em pesquisas que ela coordenava com cientistas de 100 países. A suspensão temporária foi tomada até que a segurança da droga seja reavaliada, já que estudos recentes mostraram que ela não é eficaz contra a Covid-19 e pode aumentar a taxa de mortalidade.
À medida que o mundo combate a pandemia de Covid-19, o secretário-geral das Nações Unidas alertou nesta semana para uma “epidemia” paralela. Segundo António Guterres, existe uma “perigosa epidemia de desinformação” que acompanha e ameaça o enfrentamento ao novo coronavírus. Ele alertou que o ódio está se tornando “viral”, com pessoas e grupos específicos sendo estigmatizados e difamados.
Durante o período da pandemia do novo coronavírus, o governo federal divulgou a criação até o momento de 130 serviços digitais, entre eles aplicativos que ficaram famosos, como o do auxílio emergencial. Ao mesmo tempo que deram acesso aos cidadãos de benefícios e atividades importantes, as aplicações também levantaram debates sobre exclusão e proteção de dados pessoais.
Circula nas redes sociais que o estado de São Paulo está recebendo R$ 16 mil do governo federal para cada registro de morte por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A afirmação tem circulado junto com um vídeo que exibe um homem mostrando o Diário Oficial do estado de 21 de março de 2020. O texto diz que qualquer cadáver deve ser considerado como potencial portador de infecção pelo vírus, independentemente da causa do óbito ou da confirmação feita por exames de laboratório. É falso.
Uma enorme quantidade de informações verdadeiras e falsas vem circulando na internet desde o início da pandemia de coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu o fenômeno como “infodemia”. Mas como você pode se proteger da desinformação?
A pandemia ocorrida em 1918 e 1919, conhecida como “Influenza Hespanhola”, tem sido considerada uma das mais devastadoras e letais da história. Esta enfermidade alastrou-se por todas as regiões do planeta e deixou o maior número de infectados e mortos, se comparada com as pandemias ocorridas até então. Ela teria vitimado 20 milhões de pessoas em todo o mundo (mas alguns estudiosos falam em 50 milhões de mortos). Em relação ao número de doentes, as dificuldades para o cálculo são ainda maiores e os números, mais assustadores: supõe-se que teriam adoecido pelo menos 600 milhões de pessoas.
“Sim, a tempestade passará, a humanidade sobreviverá, a maioria de nós ainda estará viva – mas habitaremos um mundo diferente”, escreveu o historiador israelense Yuval Noah Harari, o guru-autor do best-seller Sapiens (L&PM, 2015). Pós-pandemia, nem o mundo nem nós seremos mais os mesmos. Mas sairemos melhores?