Número 12, de 12 de junho de 2020.
O Boletim InForme-se Bem! disponibiliza informações apuradas e já publicadas sobre os diversos aspectos da pandemia, além de serviços e dados, com o objetivo de combater a desinformação e suas consequências no atual momento. O Boletim será publicado às terças e sextas-feiras, no site do IFMG Campus Ponte Nova. É elaborado pelos docentes e estudantes vinculados ao Projeto de Ensino "Entendendo a Desordem Informacional".
Mais informações aqui: Projeto InForme-seBEM (IFMG/PN)
Em uma iniciativa inédita, equipes de todos os veículos vão dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus. O balanço diário será fechado às 20h.
Diante da “infodemia” de rumores e de notícias e conteúdos falsos, os checadores da América Latina se uniram para compartilhar informações verificadas e confiáveis sobre o novo coronavírus e a Covid-19. Ao unir esforços com plataformas também da Espanha e de Portugal, temos a intenção de levar conteúdo de qualidade aos leitores de todos os países que tenham o espanhol e o português como idioma nativo. Em muitos casos, um mesmo conteúdo falso circula em diferentes países. Por isso, é importante poder contar com o trabalho e a ajuda de outros checadores para desmentir mais rapidamente um boato e evitar sua propagação. As informações desta base de dados podem ser republicadas livremente, desde que sejam dados os devidos créditos à plataforma produtora e que seja acrescido o link original da publicação.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a rápida difusão de fake news sobre a Covid-19 assemelha-se a uma curva epidêmica: “uma abundância excessiva de informações dificultando a localização de fontes, informações e orientações confiáveis”. A doença causada pelo novo coronavírus já matou mais de 390 mil pessoas no mundo todo e totaliza aproximadamente 6,8 milhões de casos confirmados pelo globo. O Brasil é o segundo país com mais casos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A OMS afirma que o Brasil é um novo epicentro da pandemia, com cerca de 700 mil casos e 36 mil mortes. Com a preocupação, cresce a produção e a difusão de notícias falsas que prometem um cenário melhor ou tentam apontar culpados para a situação.
Nos últimos meses, aprendemos muito sobre o novo coronavírus. Parece que as pessoas podem transmitir o vírus sem apresentar sintomas, que as partículas do vírus se espalham por meio de um aerossol duradouro e que a falta de sentido de paladar é um sinal surpreendente da infecção. Mas ainda estamos com dificuldades para responder o que parece ser a pergunta mais difícil de todas: qual é a capacidade do Sars-Cov-2 de matar? É uma pergunta que perpassa os debates sobre os danos e benefícios causados pelas medidas de quarentena, e sobre como deve ser conduzida a reabertura do Brasil.
Circula nas redes sociais que pacientes assintomáticos não transmitem o novo coronavírus, que causa a Covid-19. Essa informação começou a ser disseminada após a chefe do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, afirmar que a transmissão da doença por pacientes sem sintomas de Covid-19 parece ser “rara”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado.
Como se não bastasse lavar as mãos várias vezes ao dia e desinfetar as compras que trazemos para a casa, a pandemia da Covid-19 traz ainda mais um compromisso com a sua prevenção: o cuidado com os telefones celulares que levamos às ruas.
Temas abordados: Como estudos falhos tornaram a cloroquina uma falsa esperança de cura da Covid-19; Os padrões para testes de novos usos de medicamentos que a cloroquina não passou; Por que pesquisas mal feitas atrapalham a busca por um tratamento eficaz da doença; Quais os efeitos da cloroquina no organismo e os perigos de seu uso indiscriminado;
A pandemia é para todos, mas a quarentena, não. Trabalhar remotamente é privilégio de quem tem acesso à internet -- e o distanciamento social é garantido apenas para a pequena parcela da população que vive em casas espaçosas.
Mal amanhece e os números da pandemia, as últimas notícias e as listas de afazeres servem como um despertador, não para o dia que começa, mas para a realidade que se instalou com a chegada da covid-19. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr) apontam um aumento expressivo no consumo de dados de internet no país desde março. O trabalho remoto e a educação domiciliar respondem por parte desse aumento, mas a avalanche de informações sobre a crise global também é responsável pelo consumo elevado de dados. O excesso de informação e de demandas são fatores de estresse, angústia e medo que podem levar ao desenvolvimento de transtornos mentais ou agravar quadros pré-existentes.
A situação que estamos experimentando no planeta é inédita. Houve, sem dúvidas, pandemias e crises financeiras no passado. Esta é a primeira vez que uma pandemia e uma crise financeira acontecem ao mesmo tempo, a segunda motivada pela primeira. As relações entre as duas são difusas. Uma pergunta é: em que medida uma economia de crescimento desmedido criou as condições para que se originasse a pandemia? A outra pergunta é motivada pelo fato de que, até o momento, a maior quantidade de pessoas infectadas esteja nos países industrializados do Ocidente. Na China (mas também na Coreia do Sul, em Taiwan e em Singapura), as estatísticas são menores e o controle da propagação é mais efetivo.